O mar, sabe-se, é um meio difícil, por vezes, mesmo extremamente hostil. Talvez por isso, talvez pelos séculos de ir para o mar com precários meios, a cultura que ficou é a de enfrentar Neptuno de modo destemido, confiando talvez mais no destino no que na razão, na prudência, e não são, infelizmente, raras as notícias de trágicos eventos que, muitos deles, talvez pudessem ter sido, senão evitados, alguns deles bem mais mitigados nas suas consequências. Talvez se fale pouco de Segurança, talvez por se temer a morte e não se querer reconhecer esse mesmo natural medo da morte.
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«Foi Portugal que deu ao Mar a dimensão que tem hoje.»
António E. Cançado
«Num sentimento de febre de ser para além doutro Oceano»
Fernando Pessoa
Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto.
Vergílio Ferreira
Só a alma sabe falar com o mar
Fiama Hasse Pais Brandão
Há mar e mar, há ir e voltar ... e é exactamente no voltar que está o génio.
Paráfrase a Alexandre O’Neill