No dia 4 de Maio, o Ministério das Pescas da Indonésia afundou 51 embarcações de pesca confiscadas por pesca ilegal na Zona Económica Exclusiva indonésia, referem meios de comunicação internacionais. Das 51 embarcações, 38 eram vietnamitas, seis malaias, duas chinesas, uma filipina e as restantes eram detidas por armadores estrangeiros mas com bandeira indonésia.
O afundamento foi realizado em cinco portos, com recurso a bombas e mangueiras, em do rebentamento com explosivos, como era prática habitual do Ministério, para permitir à população observar o processo mais demoradamente. Além disso, a própria ministra, ministra Susi Pudjiastuti, participou numa cerimónia simbólica de queima das redes apreendidas nas embarcações.
A destruição de embarcações de pesca furtiva na Indonésia, por afundamento ou rebentamento, tem os seus críticos no país, mas transmite segurança jurídica e envia uma mensagem clara aos potenciais criminosos. Por outro lado, procura ter um efeito dissuasor, garantindo que uma embarcação em catividade ilegal nunca mais voltará a ser usada na violação da lei, ao contrário de embarcações apreendidas e revendidas em leilões, que muitas vezes acabam de novo no mar em práticas de pesca ilegal.
E de acordo com a ministra das pescas indonésia, os desembarques de pescado de pescadores indonésios aumentaram desde que o Governo adpotou este tipo de medidas duras, há cerca de quatro anos. Em 2015, as capturas trimestrais de pescadores indonésios eram de 5.4 milhões de toneladas e no final de 2018 ascendiam a 6.2 milhões.
Neste contexto, os pescadores vietnamitas são os principais prevaricadores, a avaliar pelos números fornecidos pela Indonésia. Desde Outubro de 2014, Jacarta considera ter afundado mais de 500 embarcações, muitas delas com recurso a explosivos. Em 2018, foram afundados 125, maioritariamente estrangeiras, incluindo 86 com pavilhão vietnamita, 20 com bandeira malaia e 14 com bandeira filipina.
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