Reunidas em Lisboa na última Terça-feira, as organizações ibéricas da pesca da sardinha reiteraram a exigência de um mínimo de 15.425 toneladas de capturas para este ano, reforçando a posição mantida na reunião anterior, de 19 de Março, em Peniche.
Paralelamente, as organizações decidiram apelar ontem a um encontro urgente com a Direcção-geral dos Assuntos Marítimos e das Pescas (DG MARE) da Comissão Europeia (CE) para reclamar uma quota este ano de 15 mil toneladas, porque precisam de saber qual o limite das possibilidade de pesca de sardinha a partir de 21 de Maio. A CE propôs um limite de 10.300 toneladas.
A exigência das 15.425 toneladas, a formalizar junto dos Governos europeus, considera “os bons resultados científicos obtidos em 2018 pelos cruzeiros de investigação científica”, que indicam um aumento de 70 por cento da biomassa da sardinha com mais de um ano, entre 2017 e 2018, de acordo afirmações recentes do presidente da Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (ANOP CERCO), Jorge Humberto.
Este volume de capturas reclamado pelos pescadores de sardinha, a dividir por Portugal e Espanha, equivale a 10% do stock actual, fixado em 154.254 toneladas no mais recente parecer do Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES, na sigla em inglês) para 2019. Pelo que o total de capturas seria superior ao de 2018, que foi de 12 mil toneladas, diminuída para 9 mil toneladas ao longo do ano, mas mesmo assim abaixo das possibilidades de pesca estabelecidas para 2017.
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